Socialismo
A 19 de Abril de 1973, em Bad-Munstereifel, na então República Federal da Alemanha, nascia o Partido Socialista. Vivia-se o estertor do marcelismo em Portugal. Hoje, 32 anos passados, com uma democracia consolidada, os socialistas estão no poder, conseguiram mesmo há dois meses a sua primeira maioria absoluta nas urnas, e são um dos dois grandes partidos nacionais. E é na casa da democracia (Assembleia da República) que o PS assinala a data, com o lançamento de um livro ("O Partido Socialista e a Democracia") que traça o percurso de três décadas. Mário Soares, António Vitorino (faz a apresentação da obra), José Sócrates e Almeida Santos são algumas das figuras que vão marcar presença. [DN]
Curiosamente, a Edição de Abril/Junho de “Les Collections de L’Histoire” é dedicada ao “grand rêve du socialisme”.
No seu preâmbulo, que começa com a frase: “La Gauche est une fiction autant qu’une réalité» refere-se que a esquerda foi valorizada pela história ao ver o seu programa progressivamente realizado (a república, o estado laico, a democratização do ensino, o divórcio, o imposto sobre os rendimentos, a protecção social…) e que esta convergência baralha as cartas políticas. Uma melhor repartição da riqueza, a luta contra o desemprego, a qualidade de vida são valores assimilados pela direita. Será que a esquerda e a direita se transformaram em simples máquinas eleitorais, como nos Estados Unidos o partido republicano e o partido democrata? Estas e outras interrogações contemporâneas não dispensam o esclarecimento da História. Embora não se possa dizer até onde irá a esquerda – por não sermos adivinhos – é pelo menos necessário saber de onde vem.
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