Memórias – Francisco Sá Carneiro / 3 de Janeiro de 1980
“Assume-se, pois, o Poder não como um fim em si, mas como meio de realizar um projecto proposto e aceite. Assume-se hoje, aqui e no Parlamento, um poder que, por ser democrático, é relativo e tem de ser exercido com integral respeito pela Constituição, pelos demais órgãos de soberania, pelas forças sociais e políticas e, acima de tudo, pelos homens e mulheres de Portugal. Trata-se de um poder não gerado em gabinetes ou imposto nos bastidores. Em tais condições, ele não será um poder que não ouse exercer-se, usado para ocupação e partilha do Estado ou que se limite à mera administração de um sistema herdado em parte dos nossos adversários e em parte da acção não democrática de minorias que, a si próprias, se consideram revolucionárias.
Conscientes embora das limitações derivadas do tempo e resultantes da observância do regime constitucional vigente e respectivo período transitório, o actual Governo e a maioria parlamentar que o apoia, fiéis à escolha dos Portugueses, receberam o mandato de transformar a sociedade nacional segundo o seu projecto próprio, pela via de reformas cuja intensidade e ritmo serão determinados pela necessidade da resolução dos problemas concretos do País.”
Conscientes embora das limitações derivadas do tempo e resultantes da observância do regime constitucional vigente e respectivo período transitório, o actual Governo e a maioria parlamentar que o apoia, fiéis à escolha dos Portugueses, receberam o mandato de transformar a sociedade nacional segundo o seu projecto próprio, pela via de reformas cuja intensidade e ritmo serão determinados pela necessidade da resolução dos problemas concretos do País.”
Discurso de tomada de posse do VI Governo Constitucional
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